quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Tapes/RS - Um Grande Começo!


Pegamos a estrada perto das 12hs, rumo a Tapes/RS que é uma cidade banhada pela lagoa dos patos (a maior do Brasil e a segunda maior da América Latina) e atrai muitos turistas, campistas e esportistas. A previsão era de chuva pra todo o fim de semana e chegamos em Tapes abaixo de um toró. A idéia inicial era de irmos de ônibus, mas devido a previsão (que se confirmou) decidimos, junto com o nosso amigo Adriano, ir de carro. Chegando lá, fomos ao camping União, que estava lotado. A esta altura a chuva ja tinha amenizado um pouco, mas continuava impiedosa. Acertamos tudo na recepção e fomos a procura de um lugar para montar nosso acampamento. Podemos dizer que o camping era dividido em três áreas: Ribeirinha, que ficava de frente para a lagoa e logo foi descartada, pois se continuasse chovendo o vento e os mosquitos não nos deixariam em paz; Centro, onde se concentrava a muvuca, muita gente aglomerada e zueira, que também foi descartada pq nós decidimos acampar justamente para procurar paz e sossego; e finalmente o Ruralito, que era a zona mais arborizada e tranquila do camping, sendo nesta onde sob uma chuva insistente montamos nosso acampamento.


Bom, depois de montadas as barracas era a hora de fazer funcionar o fogareiro e esquentar uma água pra mandar um chimarrão e aquecer a gurizada. Muito fácil e rápido o manuseio e o desemprnho deste fogareiro e está totalmente aprovado e recomendado!


Depois secos e aquecidos com a ajuda do mate, o Adriano foi ao banheiro e voltou com uma péssima notícia: não havia chuveiros quentes, pelo menos no masculino. Lá fui eu pro banho frio e voltei com uma descoberta que o Adriano ja havia cantado a pedra: se depois do banho quente você sai na rua e sente um friozinho, depois do banho frio você se esquenta!
Bom, depois de secos, aquecidos e de cabeça fria, começamos a repensar o layout do nosso acampamento. Primeiro colocamos uma lona por baixo das barracas, depois tiramos esta lona de baixo e colocamos por cima das barracas para termos uma área de transito e para não precisarmos fazer as refeições dentro das barracas, ja que isto atrairia os tão indesejáveis insetos. Mais tarde vimos que mesmo assim algumas formigas entraram e fizeram um pequeno estrago em mim e na Anali.


A noite a chuva resolveu dar uma trégua e fizemos nossa primeira refeição e talvez a mais popular entre os campistas, montanhistas e mochileiros do mundo todo: Macarrão instantâneo (Cup Noodles). Fomos dormir e consiguimos desfrutar da tranquilidade do lugar. Ja de manhã, não consegui dormir até muito tarde e levantei pelas 6:30 pra botar a água pra esquentar pro chimarrão e pro café.


Graças a Deus a chuva só se apresentou no sábado, dia em que chegamos. No domingo ficou um dia nublado e os outros dias foram todos de sol.
No domingo ficamos acertando os detalhes do acampamento, o que é normal quando não se tem experiência alguma, e acabamos não saindo muito da volta. Tinhamos levado os sacos de dormir e um colchão inflável e como o Adriano não tinha levado nem as cobertas, cedemos o colchão pra ele. O brabo foi que na madrugada de domingo pra segunda, fez um frio de renguear cusco lá pelas 3hs da manhã. Anali e eu passamos um pouco de frio, mas conseguimos aguentar só com os sacos de dormir, ja o Adriano estava só com o colchão e teve que colocar todas as roupas de frio que ele havia levado, junto com meias, uma canga de praia que a Anali emprestou pra ele, casaco e toalha de banho pra não encarangar de frio! Daí, só um chimarãozito pra esquentar enquanto o café não ficava pronto.


Quando o sol veio com tudo fomos conhecer a logoa e nos deparamos com uma bela paisagem, muito convidativa ao banho.



Depois do banho, voltamos para o acampamento e seguimos o ritual banho - almoço - dormidinha revigorante.
Conhecemos vizinho bacanas e fomos todos assitir os desfiles de carnaval no centro de Tapes, menos o Adriano que tava tri cansado.
No dia seguinte tivemos que solicitar o apoio logístico do Pai do Adriano, Sr. Claudio, que foi passar uma semaninha pescando na casa do irmão em Tapes também, para levar uns edredons para que ninguém corresse o risco de ficar congelado em alguma madrugada!
Bom, os outros dias foram de pesca, caipirinha, chimarrão, conversas e boas risadas. Aproveitamos muito e fica a dica pra quem quiser aproveitar tudo o que a natureza de Tapes tem pra oferecer!
Só pra constar, como armamos nosso acampamento bem perto do mato, ficamos meio receosos com a possibilidade de ter que repelir algum bicho xarope, o que não aconteceu tirando algumas aranhas, formigas e mosquitos. O que me deixou meio assim e fica de alerta pra todos que gostam destas áreas mais "nativas" é que no desarmar a barraca, sairam dois escorpiões pretos debaixo dela. Sabe-se que o veneno desses bichos não chega a matar, mas da uma série de problemas desde reações alérgicas até dores horríveis pelo corpo. Nas áreas mais nativas, somos nós que estamos invadindo o espaço dos animais.






É este contexto que muitos campistas procuram quando partem com suas mochilas e barracas nas costas rumo aos acampamentos.


Grande Abraço!

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